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Crítica Shang-Chi e a Lenda dos Dez Anéis: um dos melhores da Marvel? [Sem Spoilers]

Shang-chi é o mais novo filme da Marvel Studios e estreou nesta última quinta-feira (2) com incríveis US$ 53 milhões de bilheteria mundialmente e um filme que entrega tudo aquilo que esperávamos e muito mais. O filme não só é surpreendente em si, mas sua importância também se mostra no fato de que pela primeira vez, em um filme estadunidense de heróis, temos protagonistas e antagonistas asiáticos.

Estrelado por Simu Liu, o longa trouxe no elenco grandes nomes como Awkwafina, Tony Leung, Meng’er Zhang e Michelle Yeoh, entre vários outros atores famosos em filmes do oriente. Essa preocupação em ter um elenco essencialmente asiático é o que dá vida ao filme. Dirigido por Destin Daniel Cretton, Shang-Chi entrega um filme de artes marciais, ao melhor estilo Jackie Chan, mas também grandes referências ao Wuxia (Subgênero literário Chinês que faz uma mistura de artes marciais, romance e fantasia).

Nossa equipe assistiu ao filme e, gostamos tanto, que resolvemos escrever uma crítica (feita humildemente por uma pessoa que não é crítica de cinema) para compartilhar com você tudo o que achamos de Shang-Chi. Se não viu ainda, confira o trailer abaixo e bora ler o que achamos do filme.

Passou longe de ser um simples “filme de origem”

Para quem imaginava que este seria mais um filme de origem sem grandes acontecimentos, se surpreendeu com o vigésimo quinto filme do Universo Cinematográfico da Marvel, que nos entrega um “Mestre do Kung Fu” (como era chamado nas HQs) divertido, carismático e com muita porradaria para distribuir.

Apesar das lutas e coreografias serem um dos pontos fortes da produção, o que faz o filme incrível é sua capacidade de dar contexto a estas lutas. Cada luta aqui tem sua importância e motivo para acontecer, já que conforme as lutas acontecem, vamos aprendendo mais sobre quem é Shang-Chi, toda a mitologia por trás dos 10 anéis e também da vila Ta-Lo. Essa é a parte legal da coisa toda, ele nunca luta por lutar.

Tony Leung nos deixa sem palavras com sua atuação. O ator interpreta Wenwu, pai do herói Shang-chi e revela ser o verdadeiro “Mandarim” do MCU (não aquele fiasco de Homem de Ferro 3). O trailer nos entrega que o pai de Shang-chi será o vilão, o que me fez pensar que seria mais um daqueles clichês baratos de conflito entre pai e filho, porém fui positivamente surpreendido ao ver que na verdade a relação entre os dois e o papel de Wenwu na história foi muito bem construído e longe de ser um clichê. Inclusive tem tudo para ser um dos melhores vilões dos filmes Marvel até aqui.

O roteiro, escrito por Dave Callaham, Andrew Lanham e pelo diretor Destin Daniel Cretton não surpreende apenas na construção do vilão, mas também em toda sua capacidade de misturar drama, ação e comédia de uma maneira mais madura e menos pastelão, que nos faz rir em vários momentos com a personagem Katy, interpretada por Awkwafina e o antigo Mandarim, o ator Trevor Slattery, vivido por Ben Kingsley, mas que não tiram o foco do filme. Essa aventura familiar consegue trabalhar uma história empolgante e bem aprofundada.

E por falar em Awkwafina, a química que ela tem com Liu é fantástica, rendendo alguns dos melhores momentos do filme, que te faz “rachar o bico” hora ou outra quando não tá rolando cenas de luta.

Quem também funcionou muito bem no filme é a personagem Xialing, irmã de Shang-chi, interpretada por Meng’er Zhang e que em alguns momentos parece até ser tão protagonista quanto ele. Ela tem seu próprio desenvolvimento muito bem construído durante o filme e conta com uma presença de tela que praticamente te obriga a torcer por ela e também para que ela retorne nos próximos filmes.

O filme todo gira em torno de uma família lutando contra o luto de perder uma pessoa amada e a forma como cada um lidou com a tal perda. É simples, bem escrito e funciona muito bem.

Para quem gosta de RPG, vai se surpreender também com todo o visual e criaturas de Ta-lo, vila mística que é apresentada no filme, onde você encontra desde monstrinhos sem cabeça com asas, até mesmo raposas de nove caudas e… melhor deixar você ver o filme e descobrir.

A origem do herói Shang-chi não é apoiada em nada que já vimos anteriormente no MCU, o que te fará pensar durante todo o filme “onde é que ele se conecta?”, mas parece que ele vai ter mais importância daqui pra frente e sua influência para os acontecimentos dos próximos filmes será mais forte.

O filme conta com duas cenas pós-créditos, então se você não estiver afim de perder, fique atento, pois elas contam com a aparição de personagens grandes do MCU e também nos deixa com aquela pontinha solta para o que vem por aí.

Para nós, este foi um dos melhores filmes do MCU, não só pela capacidade de surpreender mesmo que em um filme de origem, mas também por toda sua riqueza de referências e construção de roteiro excelente.

Se ficou com vontade de assistir, vai sem medo e divirta-se.

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